sexta-feira, 18 de março de 2016

Paródias sobre a Dengue, o Zika e a Chikungunya a partir de poemas famosos da Literatura Brasileira




  • “QUADRILHA”  de Carlos Drummond de Andrade
  • “E AGORA, JOSÉ?” de Carlos Drummond de Andrade
  • “RETRATO” de Cecília Meirelles
  • “CANÇÃO DO EXÍLIO” de Gonçalves Dias

Professores: Andréia Lopes Zanutto Salviato    e   Silvely  de Almeida     

Escolas envolvidas: 
  • Escola Municipal Zumbi dos Palmares; 
  • Escola Municipal Ignez Corso; 
  • Escola Municipal José Garcia Villar. 

Trabalho realizado em março de 2016 pelas disciplinas de Língua Portuguesa  e  P.O.  por alunos do PROJOVEM URBANO LONDRINA nas aulas de informática a partir de pesquisas dos poemas, autores e sobre o tema Dengue, Zika e Chikungunya. 

Retrato das doenças


Você não tinha este rosto de hoje,
assim fraco, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Você não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
você não tinha esta doença maldita
de um pequeno mosquito                                                                               
que nem se mostra tão terrível assim.

Você não deu por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Como acabar com a água parada
e o acúmulo de lixo no quintal?


Alunas: PAMELA RODRIGUES e SUELLEN COSTA– PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola Municipal Zumbi dos Palmares
Baseado no poema original de Cecília Meirelles "RETRATO"

quarta-feira, 16 de março de 2016

RETRATO DO VÍRUS DA DENGUE


Eu não tinha essa doença maldita de hoje,
Assim como a dengue, assim como  o Zika Vírus,
Nem Chikungunha tão horrível,
Nem outros vírus.

Eu não tinha este vírus tão ruim,
Que se espalha por aí.
Não tinha este coração tão fraco,
Que está me matando.
Vamos fazer mudança!

É tão simples, tão fácil de acabar,
É só tampar a caixa d´água, é fácil mudar,
Assim, vamos limpar nossa casa e com a dengue acabar!
E você? Vai fazer a sua parte?

Alunas: Nereide da Silva e Ana Paula Soares Trindade - PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola Municipal Zumbi dos Palmares
Baseado no poema original de Cecília Meirelles "RETRATO"

RETRATO DAS DORES

Eu não tinha essas dores de cabeça,
Eu não tinha essas dores no corpo,
Esse olhos cansados,
Essas manchas vermelhas nos braços.

Eu não fui cuidadoso,
Acabei deixando água parada,
Não limpando o quintal.

Hoje vejo que estava colocando a vida de minha família e de mues vizinhos em risco,
Hoje mudei, não deixo água parada,
Nem  quintal sujo, porque sinto pelo perigo da dengue.

Aluno: Izael - PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola José Garcia Villar
Baseado no poema original de Cecília Meirelles "RETRATO

Minha terra tem Mosquito

Minha terra tem doenças,
Onde predomina sem parar
A doença da chikungunha
Não tá dando pra evitar.

Nosso céu tem muito mosquito,
Que só pensa em picar,
Dores de cabeça e febre,
Que só vem me incomodar.

Em cismar comigo mesmo.
Já pensei em comprar
Um mosquiteiro bem grande
Pra dengue não me pegar.

Minha terra tem mosquito,
Que tais iguais não há,
São do tamanho de aranhas,
Tão grandes de assustar.

Não permitas Deus que eu morra,
Diarréia é de chapar,
Pior são as dores no corpo,
Que só vem incomodar.

Não permitas Deus que eu morra,
Sem que desfrute os primores
Sem que fique na solidão,
Vou entrar na fila do UPA
Antes que pare o coração.


Aluno: Inglison Max Diniz da Silva – PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola Municipal José Garcia Villar
Baseado no poema original de Gonçalves Dias "Canção do Exílio"

Retrato da Dengue

Eu não tinha o corpo de hoje,
Assim tão estranho, com dores,
Nem estes sintomas ruins,
Nem estas manchas avermelhadas.

Eu não tinha dores nas articulações,
Não me sentia tão dolorido que onde toca dói.
Eu não tinha dores nos olhos,
Que os fazem pesar.

Fui muito notada essa mudança
Tão pequena, tão veloz, tão devastadora.
Em qual água parada este mosquito não está?

Aluno: Bruno de Oliveira – PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola Municipal José Garcia Villar
Baseado no poema original de Cecília Meirelles "RETRATO"

Retrato do contagio

Eu não tinha este rosto pálido,
Assim tão infeliz, assim todo amarelado,
Nem estes olhos tão fundos e todo vermelho,
Nem lábios ressecados.

Eu não tinha estas mãos trêmulas,
Tão fraco, veias estufadas, não me sentia tão incapaz.
Eu não tinha este coração, que ao mesmo tempo vivo, parece morto.

Quando descobri já era tarde, coisas que passaram...
Tão simples, e que poderiam ser evitadas.
Em que época ficou a união de todos para combater algo devastador?


Aluno: Ronaldo dos Santos Rosa – PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola Municipal José Garcia Villar
Baseado no poema original de Cecília Meirelles "RETRATO"

Retrato da Dengue

Eu não tinha essas dores,
Assim com febre alta, assim com vermelhidão, assim com muita náusea,
Nem essas dores nos olhos,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estes atrofiamentos,
Tanta água parada a cuidar
Eu não tenho forças para andar
E muito mostram os seus sintomas

Eu não dei por esta mudança
Estou tão dolorido, tão ruim, está tão difícil de aguentar
Onde isso vai parar?



Aluna: Rullyane Lucia de Oliveira – PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola Municipal José Garcia Villar
Baseado no poema original de Cecília Meirelles "RETRATO" 

Retrato da dengue

Eu não tinha este rosto febroso,
Assim com tonturas, assim triste, assim com manchas vermelhas
E nem meus olhos com dores e tão vazios
Nem as dores no corpo que não passam.

Eu não tinhas estas dores nas articulações, 
Nem as mãos tão atrofiadas nas extremidades,
Eu não tinha estas dores de cabeça
Que aos poucos vai me matando.

Eu não como há dias, pois estou com uma diarreia forte,
Por causa das dores, nem consigo me levantar da cama,
Antes que alguém da família sofra que nem eu,
Por que você não começa a limpar seu quintal?

Aluno: Luiz Fernado Arruda da Silva – PROJOVEM URBANO LONDRINA- Escola Municipal José Garcia Villar
Baseado no poema original de Cecília Meirelles "RETRATO" 

"Bora" ajudar, José!

E agora,José?
E agora, José?
O dinheiro acabou,
A luz subiu,
O emprego sumiu,
E a dengue chegou.
E agora, José?
E agora, você?
O que vai fazer?
Limpar o seu quintal
Ou deixar a dengue te picar 
e parar no hospital?
E agora, José?
Está preocupado, né?
Pare de jogar lixo na rua, José!

E agora, José?
Está com água parada,
está com a caixa d´água aberta,
está sem trocar a água do cachorro,
está sem areia no pratinho de planta.

E agora, José?
Com a solução na mão
Vai fazer o quê?
Quer acabar com a dengue?
Se você jogasse a água parada,
Se você tampasse a caixa,
Se você trocasse a água do cachorro,
Se você colocasse areia no potinho de planta,
Mas Você pode, José!
"Bora" ajudar, José!

Alunos: Diogo N e Patrícia  -  PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola Municipal Zumbi dos Palmares
Baseado no poema original de Carlos Drummond de Andrade "E agora, José?"

QUADRILHA DA DENGUE

João amava Teresa, que amava Raimundo,
Que amava Maria, que amava Joaquim,
Que amava Lili, que não amava ninguém.

João protegeu Teresa, que não pegou dengue,
Mas ele não se protegeu e está com suspeita de Dengue
Porque se encontra com febre alta e tontura.
Raimundo está com sintoma de Zika,
E Maria está com dengue hemorrágica,
Joaquim está com dores nas articulações,
Manchas vermelhas na pele,  Lili com dores no corpo
E J. Pinto Fernandes nasceu com microcefalia, e não tinha nada a ver com a história.

Alunos: Marciana e Wesley – PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola Municipal Zumbi dos Palmares
Baseado no poema original de Carlos Drummond de Andrade "Quadrilha"

A festa acabou, a Dengue chegou, José

E agora, José?
E agora, José?
A festa acabou,
A água está parada,
Juntando mosquito
A larva da dengue está se multiplicando.

A noite esfriou,
Os mosquitos estão atacando...
E agora, José?
Tem muita gente doente
E os hospitais estão lotados.

Nós estamos perdidos,
Ninguém cuida do seu quintal,
Muitos deixam água parada
E o mosquito fazer a festa.

E agora, José?

A noite esfriou,
E os mosquitos estão atacando,
E agora, José?

Nós estamos perdidos,
Ninguém cuida do seu quintal,
Muitos deixam a água parada,
E o mosquito fazer a festa.

Você tem dor de cabeça,
Você tem muita Dor no corpo
E muita gente está morrendo...
E agora, José?

Vamos agitar,vamos se mexer,
O que a gente faz
com esse problemão?
E agora, José?


E agora, José?
Ninguém quer saber,
Ninguém faz sua parte,
Deixam a água parada
Jogam o lixo na rua
Ninguém  está nem aí.
E agora, José?


Faz sua parte, José!
Ensina seus vizinhos,
A cuidarem da sua rua
Da sua calçada
E a colocar o lixo
No lugar certo!

As mulheres grávidas
Estão preocupadas com a microcefalia,
O povo está morrendo de dores de cabeça
E dores nas juntas
E agora, José?

E agora, José?
Vamos agir!
Se mexe, José!

Vamos chamar a atenção da população,
Para que cada um  cuide melhor
De seu quintal,
Pra gente se proteger
Desse mosquito, José.

Se você gritasse para o vizinho cuidar do quintal...
Se você tivesse mais responsabilidade...
Acorda, José!
Cuide de onde você mora, José!


Você quer fugir, você quer correr,
Mas, fugir para onde, José?
Se não fizermos nada
o povo morre, JOsé, de dores Nas juntas
e ainda mais crianças nascem com microcefalia
Acorda, José!

Aluna: ANDRESSA - PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola Municipal Zumbi dos Palmares
Baseado no poema original de Carlos Drummond de Andrade "E agora, José?"

QUADRILHA DO MOSQUITO

A dengue amava o mosquito Aedes,
Que amava o ser humano,
Que não amava nenhum desses vírus.

A dengue foi para as cucuias,
O mosquito para o fim do túnel,
O Zica morreu na batalha,
O Chikungunya ficou sem sucesso,
E o vírus se cansou,
pois o ser humano se conscientizou
com o problema do mosquito da dengue
Que não tinha encontrado água parada.

Aluno: Joel Furlan  - PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola Municipal Zumbi dos Palmares
Baseado no poema original de Carlos Drummond de Andrade "Quadrilha"

RETRATO DA DENGUE

Eu não tinha este rosto febril,
Assim dolorido, assim com manchas, assim inchadas,
Nem estes olhos tão vermelhos,
Nem os lábios amargos.

Eu não tinha estas dores nas mãos, agora eu perdi minhas forças,
Eu estou tão pálida e com este frio no corpo,
Eu não tinha dengue, eu estou muito fraca.
Eu não me dei conta de como a dengue é perigosa.
Mas é tão fácil e simples
De eu me proteger da dengue...
Por que não fiz nada?


Aluna: VIVIANE – PROJOVEM URBANO LONDRINA - Escola Municipal Zumbi dos Palmares
Baseado no poema original de Cecília Meirelles "RETRATO"

COM A DENGUE... E AGORA, JOSÉ?



E agora, José?
E agora, José?
A  festa acabou,
A luz aumentou,
O salário sumiu,
A dengue chegou.
E agora, José?
E agora, José?

Você  com dengue,  José?
Você que sempre zomba dos outros,
Você que se diverte
com a vida dos outros...
com dengue?
E agora, José?

Está sem emprego,
Está sem dinheiro,
Vivendo sozinho
Já não trabalha
Já não pode se mexer de tanta dor
pois a dengue te contaminou
O dinheiro não veio
O remédio não veio
A esperança acabou
Seu olho avermelhou
E agora, José?
E agora José?

Seu corpo quente
Ardente em febre
Sem dinheiro no bolso
As mãos com dores,
Seu lixo jogado
No meio do quintal
Tanto entulho... E agora, José?

Com a solução na mão,
Você não fez nada,
Não existe força,
Você quer  andar
Mas não anda, José!
Quer sorrir,
Mas não aguenta  de dor.

Se você limpasse seu quintal
Se você reciclasse
Se você jogasse o lixo corretamente
Se você fizesse a sua parte
Não existiria a dengue...
Mas você não fez, José!

E agora, José?
E agora, José?
Sozinho, agora,
Qual bicho do mato,
Sem ninguém,
Sem remédio, para se curar
Com vontade de fugir da dengue
Você quer fugir, José?
José, pra onde?

Aluno ANTÔNIO BISPO - PROJOVEM URBANO LONDRINA -
Escola Municipal Zumbi dos Palmares
Baseado no poema original de Carlos Drummond de Andrade "E agora, José?"