quarta-feira, 16 de março de 2016

COM A DENGUE... E AGORA, JOSÉ?



E agora, José?
E agora, José?
A  festa acabou,
A luz aumentou,
O salário sumiu,
A dengue chegou.
E agora, José?
E agora, José?

Você  com dengue,  José?
Você que sempre zomba dos outros,
Você que se diverte
com a vida dos outros...
com dengue?
E agora, José?

Está sem emprego,
Está sem dinheiro,
Vivendo sozinho
Já não trabalha
Já não pode se mexer de tanta dor
pois a dengue te contaminou
O dinheiro não veio
O remédio não veio
A esperança acabou
Seu olho avermelhou
E agora, José?
E agora José?

Seu corpo quente
Ardente em febre
Sem dinheiro no bolso
As mãos com dores,
Seu lixo jogado
No meio do quintal
Tanto entulho... E agora, José?

Com a solução na mão,
Você não fez nada,
Não existe força,
Você quer  andar
Mas não anda, José!
Quer sorrir,
Mas não aguenta  de dor.

Se você limpasse seu quintal
Se você reciclasse
Se você jogasse o lixo corretamente
Se você fizesse a sua parte
Não existiria a dengue...
Mas você não fez, José!

E agora, José?
E agora, José?
Sozinho, agora,
Qual bicho do mato,
Sem ninguém,
Sem remédio, para se curar
Com vontade de fugir da dengue
Você quer fugir, José?
José, pra onde?

Aluno ANTÔNIO BISPO - PROJOVEM URBANO LONDRINA -
Escola Municipal Zumbi dos Palmares
Baseado no poema original de Carlos Drummond de Andrade "E agora, José?"

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